domingo, 15 de dezembro de 2013

Bibliografia Anotada

Recurso 1

Referência
Downes, S. (2007) Models for Sustainable Open Educational Resources. Interdisciplinary Journal of Knowledge and Learning Objects, Volume 3, 2007. Retirado da web: http://www.ijklo.org/Volume3/IJKLOv3p029-044Downes.pdf

Resumo
O artigo começa por reconhecer a importância dos REAs para os indivíduos  e para a comunidade, na medida em que aumentam o valor dos recursos produzidos individualmente e contribuem para a aprendizagem das comunidades. Os REA são importantes e desejáveis quer pela partilha do conhecimento, quer pela difusão da inovação. Contudo, existem inúmeras questões que se levantam sobre a sua sustentabilidade. A preocupação partilhada pelo autor está em como se vai manter a produção e distribuição destes recursos.

A sustentabilidade vai, na perspetiva do autor, muito para além da definição de modelos variados de financiamento e remete também para outras questões, que poderão ser entendidas como acessórias mas que podem comprometer a viabilidade destes projetos, como por exemplo a falta de formação dos docentes. Mais do que se pensar na forma como os recursos são pagos, este artigo preocupa-se em saber o que são realmente estes recursos, quem é que os cria, que serviços envolvem e como distribui-los em larga escala.  Na prática o artigo procura, através da identificação de um conjunto de questões e problemas, encontrar um caminho viável para a gestão destes projetos, que não comprometa o seu objetivo primordial.

Os conceitos “recursos” e “abertos” são retomados neste artigo, recorrendo-se  ao conceito de objeto de aprendizagem e à distinção entre o que não tem custos e o que não tem restrições. 

Comentário
O artigo não dá respostas, dicas ou orientações precisas mas levanta questões e problemas pertinentes sobre os quais é necessário refletir e que são essenciais à gestão dos REAs, remetendo para a sua escalabilidade, sustentabilidade e viabilidade a longo prazo.



Recurso 2

Referência
Inuzuka, M. & Duarte, R. (2012) Produção de REA apoiada por MOOC. Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas públicas /Bianca Santana; Carolina Rossini; Nelson De Lucca Pretto (Organizadores). – 1. ed., 1 imp. – Salvador: Edufba; São Paulo: Casada Cultura Digital. 2012. 246 p. (p. 193-217). Retirado da web: http://www.artigos.livrorea.net.br/2012/05/producao-de-rea-apoiada-por-mooc/


Resumo
Trata-se de um estudo de caso baseado num MOOC sobre HTML desenvolvido na Universidade Federal de Goiás (UFG) e que utilizou REA em hipertexto. Depois da clarificação de alguns conceitos e problemáticas são descritas a tecnologia utilizada e as orientações pedagógicas que serviram de estrutura ao curso.

O artigo começa por clarificar alguns conceitos preliminares, essenciais à compreensão do estudo de caso, nomeadamente: “educação aberta”; “recursos educacionais abertos”; “conectivismo”; “MOOC”. É explicitada a relação entre MOOC e REA e identificadas as críticas da comunidade científica à relação entre o conectivismo e os MOOC.  

Os MOOCs são abertos, inspiram-se no conectivismo e nas redes e servem-se de REAs. Numa tentativa de analisar as características de cursos que se apoiam no conectivismo é feita uma análise comparativa de alguns cursos da Universidade de Standford e da Khan Academy que não sendo MOOCs são online, abertos e distribuídos massivamente. O conectivismo é neste artigo analisado através da comparação de quadros epistemológico desenvolvido por autores com Downes, Siemens e Driscoll e através da referência a uma experiência de MOOC analisada por Mackness, Mark e Williams.

O artigo aponta as fragilidades do estudo de caso remetendo para a deficiente divulgação que apenas atingiu um nicho muito específico de participantes, as respostas aos questionários foram dadas pelos que concluíram o curso e verificou-se ainda falta de produção ativa de REA quer devido a questões culturais, quer por lacunas a nível da prática pedagógica. Ainda assim existiu produção de conhecimentos através da partilha de soluções entre os participantes para a resolução dos problemas apresentados e o ambiente criado promoveu o grau de abertura defendido pela teoria conectivista.

Comentário
O artigo é relevante pela relação que estabelece entre MOOCs e REAs e pela  análise destes à luz do conectivismo. O estudo de caso para além de exemplificar o processo de construção de um MOOC quer do ponto de vista tecnológico, quer do ponto de vista pedagógico, também avalia a perspetiva dos participantes sobre a participação no MOOC.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Cibercultura, por Lévy

Lévy numa das suas obras, Cibercultura, dá-nos uma perspetiva interessante sobre a sociedade atual, uma sociedade que mudou com a inovação e com as novas tecnologias que vieram criar espaços e formas novas de comunicação, de relação e de aprendizagem. Analisa as implicações culturais do desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e comunicação. Enfatiza a atitude geral perante o progresso das novas tecnologias, a virtualização da informação e a mudança global.

O autor analisa este processo à luz de dois grandes conceitos o de ciberespaço que remete para rede, ou seja, o meio de comunicação que surge da “interconexão mundial dos computadores”(Lévy, 2000,p.16) e o conceito de cibercultura que diz respeito às práticas, atitudes, modos de pensamento que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.

Recorrendo a metáforas biblícas o autor compara o dilúvio informacional, característico das sociedades atuais,  com o dilúvio bíblico e lança as questões “o que colocar na arca? Como ensinar as pessoas a nadar? Neste caso o que interessa aqui preservar e como ensinar as pessoas a navegar?

“Uma das hipóteses deste livro  é a de que a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal diferente das formas culturais que vieram antes dele no sentido que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer. “ (Lévy, 2000, p. 15)

É levantada a hipótese de que a cibercultura leva as mensagens ao seu contexto tal como acontecia nas sociedades orais e por oposição ao que aconteceu com o surgimento da escrita, onde os textos se separaram do contexto em que eram produzidos. A mensagem, na perspetiva do autor constrói-se e entende-se na interconexão das mensagens, através das comunidades virtuais que lhe dão sentidos variados e uma renovação permanente.

Ao meio (ciberespaço), às práticas e processos (cibercultura) o autor junto um terceiro conceito que aponta para o resultado, a inteligência coletiva, que é dinâmico e faz, através da sinergia de competências, recursos e projetos, mover a cibercultura. Lévy entende a inteligência coletiva com o motor da Cibercultura. Contudo, “o crescimento do ciberespaço não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligência coletiva, apenas fornece a esta inteligência coletiva um ambiente” (Lévy, 2000, p. 29).

Lévy considera as que as “ tecnologias são produtos de uma sociedade e de uma cultura”( (Lévy, 2000, p. 22) e que estas não são nem boas nem más, no fundo serão aquilo que a sociedade fizer delas. Contrariamente ao que se possa pensar a tecnologia não é, como refer o autor através de outra metáfora, um míssil pronto a atacar o alvo: cultura e sociedade. A tecnologia é criada para e pelo Homem, para responder às suas necessidades, a que não significa que decorrente disso não advenham outras necessidades.

Na primeira parte do livro aqui em análise o autor analisa o impacto cultural e social de todas as novas tecnologias, recorrendo a vário conceitos: digitalização da informação, hipertexto e hipermídias, simulações, realidades virtuais, redes interativas e internet. Aqui são apresentados exemplos de cibercultura, ou seja ciberespaços onde a inteligência coletiva poderá ser promovida.


O correio eletrónico que permite o envio de mensagens de um para muitos, as conferências que permitem a partilha em grupo em tempo real e os sistemas de arquivo e transferência de ficheiros são três exemplos de cibercultura para o autor.  Atualmente os ciberespaços multiplicam-se diariamente, desafiando a inteligência coletiva proposta pela cibercultura, sendo esta a melhor forma para o autor de responder ao ritmo destabilizante da mutação técnica. 

Lévy, P. (2000) Cibercultura. Lisboa: Piaget.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Apresentação ao grupo

Olá a todos! 
Mesmo consciente que esta será uma etapa de muito trabalho, 
sinto-me muito entusiasmada por "estar aqui" com  vocês. 
Comecei por vos conhecer e, não me alongando muito, 
aqui vai a minha apresentação.

Sou a Diana, alentejana como o colega João Pinto, tenho 30 anos e
 vivo em Lisboa desde os 18 anos. Aqui fiz a Licenciatura em 
Ciências da Educação, na Universidade de Lisboa, e tenho trabalhado 
sempre na área do e-learning, no âmbito da Formação de Adultos.

Tenho aprendido muito na prática, no desenvolvimento de conteúdos e
 na coordenação pedagógica de cursos em formato e-learning e b-learning. 
Encaro cada projeto como um filho, aos quais me dedico a 1oo%. 

Tal como o colega Sérgio posso dizer que sou apaixonada pelo que faço. 
A propósito,  não tenho filhos, nem sou casada, mas está nos planos, tal 
como também gostaria muito de, a longo prazo, ser Doutorada em Educação 
como a nossa coordenadora Lina.  Pensamentos positivos, como sugere o
 colega Nelson, ajudam-nos a seguir o caminho.

Gosto de livros, filmes, música...adoro dançar e até acho que sei cantar sorriso 
Adorava saber tocar piano, talvez um dia vá visitar a colega Suzike para 
ela me ensinar.

Um beijinho

A Experiência no MAMBO


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Abertura do blogue

Um espaço de reflexão, partilha e aprendizagem. ...

Um espaço de crescimento pessoal e profissional....

Um espaço que representa o início de um novo desafio....