segunda-feira, 14 de abril de 2014

Na sequência da proposta de criação do artigo para a UC de MICO gostava de partilhar algumas considerações sobre o mesmo, sendo que o foco está na Aprendizagem em Rede.

Hoje o conhecimento não é entendido como um produto ou o resultado mas como um processo, onde a aprendizagem acontece de muitas e variadas formas, pelo diálogo, pela reflexão, pela experimentação.  A aprendizagem acontece na rede online aberta, onde a autonomia dos alunos se revela e onde são chamadas as competências de boa pesquisa e seleção de informação, em primeira instância, para posterior reflexão aprendizagem e produção de conhecimento para partilhar com os outros.

O suporte dos pares, bem como os laços construídos no âmbito das comunidades, revelam-se elementos importante para o sucesso da aprendizagem nas redes, especialmente quanto se trata de tarefas cognitivas complexas, tais como a reflexão profunda e o desenvolvimento de competências metacognitivas. As tarefas mais complexas estimulam a colaboração entre pares.

Se antes os requisitos para a aprendizagem estavam na existência de uma sala de aula e num professor detentor do saber, hoje os requisitos para a aprendizagem, que acontece na web e em rede, estão no desenvolvimento de um conjunto de competências prévias, já não tanto de utilização e manuseamento de ferramentas mas de avaliação e análise crítica.

A mudança não está apenas na revolução tecnológica e na massificação do acesso à web mas também na criação de ambientes de aprendizagem mais complexos, onde acontece a transformação pessoal, decorrente da necessidade de adaptação dos educadores, dos alunos e da sociedade em geral.


No âmbito da UC de Processos Pedagógicos, foi-nos proposta a elaboração de artefato, que desenvolvi em parceria com o colega Rui André Pedreira e que partilho agora neste espaço. O trabalho desenvolvi consiste num Wiki e para contextualizar a abordagem deixo aqui uma pequena introdução.
Hoje o conhecimento já não nos é transmitido e a aprendizagem sofre a influência dos fluxos de informação da Web e dos motores de busca. O processo inverteu-se porque são os indivíduos autónomos e decisores, que decidem aquilo que querem aprender e pertencem aos espaços de aprendizagem disponibilizados pelas novas tecnologias que efetivamente lhes interessam. Será que estes novos espaços e contextos de aprendizagem vieram tornar o processo mais rápido, mais fluido, mais participado, mais constante? Como se aprende na rede e o que influencia este processo? O conceito de Conhecimento mudou? Como se constrói o Conhecimento perante os desafios da sociedade atual?
No sentido de encontrar algumas respostas para estas questões e, ao mesmo tempo, conhecer e compreender melhor modelos e teorias aplicadas ao Ensino a Distância e ao e-learning vamos debruçar-nos sobre:
O Modelo da Comunidade de Inquirição de Garrison, Archer e Anderson;- O Modelo da E-Moderação de Salmon;- A perspetiva da construção do conhecimento e da aprendizagem aos olhos do Conectivismo.
Depois de uma descrição de cada um dos pressupostos teóricos, terminamos com uma reflexão final que analisa de modo cruzado os princípios e orientações que interessa reter no que diz respeito:
Ao Papel do Professor;- À Construção do Conhecimento e Aprendizagem.
Nota: Ainda que no título do trabalho surja apenas Siemens, a teoria do Conectivismo é analisada neste trabalho à luz de Stephen Downes e Tony Bates.
Para aceder à wiki clique aqui:
https://ppe-pedagogiaelearning.wikispaces.com/home